A REPERCUSSÃO DA ESQUIZOFRENIA NO AMBIENTE FAMILIAR

Claudia Moreira Lima; Juliana Ferreira Magalhães; Thalison Fernandes  Pinheiro; Amanda Pereira de Siqueira de Siqueira; Hebert Almeida  Ricci

doi:10.51473/rcmos.v1i1.2024.556

Autores

Claudia Moreira Lima UNEMAT Autor/in
Juliana Ferreira Magalhães UNEMAT Autor/in
Thalison Fernandes Pinheiro UNEMAT Autor/in
Amanda Pereira de Siqueira SECITECI Autor/in
Hebert Almeida Ricci UNEMAT Autor/in

DOI:

https://doi.org/10.51473/rcmos.v1i1.2024.556

Palavras-chave:

Cuidado. Família. Esquizofrenia.

Resumo

Introdução: Com as transformações ocorridas no campo da saúde mental em virtude da reforma psiquiátrica, os cuidados oferecidos aos pacientes esquizofrênicos foram direcionados para o intrínseco familiar. Entretanto, estudos apontam para uma sobrecarga familiar, em virtude das demandas apresentadas por esses pacientes no seu dia a dia. Objetivo: A partir disso, esse estudo objetivou compreender a representação construída por familiares de pacientes esquizofrênicos a partir do processo de convivência. Material e métodos: Estudo com famílias que tem entre seus membros um paciente diagnosticado com esquizofrenia, visando compreender a importância dos cuidados em saúde destes familiares, avaliação da sobrecarga e, os discursos dos cuidadores serão analisados sob a perspectiva da fenomenologia. Resultados: o estudo mostrou que as famílias que convivem com pessoas esquizofrênicas perpassam por várias transformações no processo do cuidar, exigindo resiliência dos mesmos, além de que o portador de esquizofrenia é o ser que demanda mais atenção no grupo familiar, sendo despendidos inúmeros cuidados por parte das famílias. Conclusão: a esquizofrenia gera instabilidades no ambiente familiar, sendo necessário adaptação por parte dos familiares, tendo em vista que a esquizofrenia é uma doença que ainda não possui cura.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

Juliana Ferreira Magalhães , UNEMAT

Graduada em Enfermagem pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) (2022), participante do programa de Ensino referente Monitoria Voluntária da universidade. Monitora da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) de Mato Grosso. Participação no projeto de extensão intitulado como Vigilância Participativa em Saúde Ambiental e do Trabalhador na Atenção Básica da (UNEMAT). Enfermeira da Atenção Primária a Saúde; Cursando Pós Graduação em Metodologia de Ensino e Didática.
Thalison Fernandes Pinheiro, UNEMAT

Graduado em Enfermagem pela Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT - Campus de Tangará da Serra/MT (2016). Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT - Campus de Cuiabá/MT (2019). Integrou o Grupo de Pesquisa TRIPALIUM: estrutura, organização e gestão do trabalho em saúde e enfermagem.
Amanda Pereira de Siqueira, SECITECI

Bacharel em enfermagem pela Universidade do Estado de Mato -Grosso .Especialista enfermagem do trabalho . Pós-graduanda Stricto Sensu do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (UFMT) - Mestra em Enfermagem ,Integrante do Grupo de estudos em Saúde mental (NESM). Professora Universitária pela Unemat - Campus de Diamantino, Enfermeira da Secretaria Estado e Saúde. Membro da Comissão de Integração de Ensino e serviço ( CIES) do curso técnico de enfermagem da Secretaria Estado e Saúde
Hebert Almeida Ricci , UNEMAT

Possui graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Federal de Mato Grosso . Mestre em Farmácia, Especialização em Gestão em Saúde Coletiva e da Família; Auditoria em Sistemas de Saúde; Docência do Ensino Superior, Saúde Mental com ênfase em dependência química e Acupuntura. Atualmente é docente. Atuando principalmente nos seguintes temas: Saúde mental, Parasitologia, Saúde Coletiva e da Família, Genética, Saúde do Adulto e do Idoso, Anatomia Humana, Neuroanatomia, Neurofisiologia, Farmácia, fundamentos de enfermagem e semiologia.

Referências

ALMEIDA, A. C. M. C. H.; FELIPES, L.; POZZO, V. C. D. O Impacto Causado pela Doença Mental na Família. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, 2011. Paraná. Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=>. Acessado em: 18.09.19.

BANDEIRA, M. & Barroso, S. (2005). Sobrecarga das famílias de pacientes psiquiátricos. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 54(1), 34-46.

BICUDO, M. A. V. Fenomenologia: Confronte e Avanços. São Paulo: Cortez Editora, 2000.

BORIANI, M. L. Desafios na atenção à saúde mental. 2ª edição, Maringá- PR, Editora Eduem. 2011.

BRASIL, Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Esquizofrenia. Disponível em: http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdtesquizofrenia-livro 2013.pdf. Acessado em: 18.09.19.

BRASIL, LEI 10.216 6 de abril 2001. Dispõe sobre a Proteção e os Direitos das Pessoas Portadoras de Transtornos Mentais. Brasília, 6 de abril 2001. Disponível em:

. Acessado: 02.09.19.

BRASIL, Portaria Nº 251/GM, em 31 de Janeiro de 2002. Estabelece Diretrizes e Normas Para a Assistência Hospitalar em Psiquiatria, Reclassifica os Hospitais Psiquiátricos, Define e Estrutura, a Porta e Entrada para as Internações Psiquiátricas na Rede do SUS e dá Outras Providências. Disponível em:<https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2015/marco/10/>. Acessado em: 02.0919.

BRASIL, Ministério da Saúde. Saúde mental: o que é, doenças, tratamentos e direitos. Brasília, 2019.

BUENO, E. R.A. Fenomenologia: a volta às coisas mesmas. In PEIXOTO, A. J. (org). Interações entre fenomenologia & educação. Campinas: Alínea, 2003.

CARNUT, L.; FAQUIN, J. Conceitos de Família e a Tipologia Familiar: Aspectos Teóricos para o Trabalho da Equipe de Saúde Bucal na Estratégia de Saúde da Família. Uberlândia. Disponível em: <http://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wpcontent/uploads/>. Acessado em: 29.08.19.

CAVAYE, A. (1996). Case Study Research: A Multi-Faceted Research Approach For IS. Information Systems Journal, 6(3), 227-242.

CARVALHO, C.M.S.; SOUSA, D. M.G., PINHO. R,. I. A.; FERNANDES, M. A.;

OLIVEIRA, A. D. S. Vivencias de Familiares da Pessoas com esquizofrenia. Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool Drogas. Teresinha-PI, jul.-set. 2017. Disponível em:

<https://www.revistas.usp.br/smad/article/view/149377#pkp_content_footer>. Acessado em 12.07.19

CAPALBO, C. Fenomenologia: Tendências Históricas e Atuais. Disponível em: <http://www.abepss.org.br/arquivos>. Acessado em: 23.10.19.

CASELEIRO, T.; SEABRA, P.; CALDEIRA. S. Família da Pessoa com Esquizofrenia: Revisão de Literatura. CuidArte Enfermagem, 2017. Disponível em:< http://portal.revistas.bvs.br/index.php?mfn=7493&about=access&lang=pt#> Acessado em: 18.09.19.

De CASTRO, T. G., GOMES, W. B. Aplicações do método fenomenológico à pesquisa em psicologia: tradições e tendências. Estudos de Psicologia I Campinas I 28(2) I 153-161 I abril - junho 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/estpsi/v28n2/03.pdf. Acessado em: 15.05.20

FERNANDES, M. C.; SANTOS, S. A. Importância da Família na Qualidade de Vida dos Portadores de Esquizofrenia. CuidArte, 2012. Disponível em:< http://portal.revistas.bvs.br/index.php?search=CuidArte,%20Enferm&connector=ET&lang=pt >. Acessado em: 02.09.19.

FEIJOO, A. M.L C., MATTAR, C. M. A Fenomenologia como Método de Investigação nas Filosofias da Existência e na Psicologia. Psicologia: Teoria e Pesquisa Out-Dez 2014, Vol. 30 n. 4, pp. 441-447.

FIGUEIREDO, M.L.R.; DELEVATI, D.M; TAVARES, M. G. Entre Loucos E Manicômios: História Da Loucura e a Reforma Psiquiátrica no Brasil. Ciências Humanas e Sociais | Maceió | v. 2 | n.2 | p. 121-136 | Nov 2014. Disponível em: < periodicos.set.edu.br>. Acessado em: 09.09.19.

GALERA, S. A. F.; ZANNETI, A. C. G et al. Pesquisas com Famílias de Portadores de Transtorno Mental. Revista Brasileira Enfermagem, Brasília, 2011, jul-ago; 64(4): 774-8. Disponível em:< www.scielo.br >. Acessado em: 09.09.19.

GIL, A. C. Como Elabora um Projeto de Pesquisa. 4ª Edição. Editora Atlas. São Paulo, 2002.

GIORGI, A. Sobre o método fenomenológico utilizado como mode de pesquisa qualitativa nas ciências humanas: teoria, prática e avaliação. In vários autores, A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos (p386-409., A. Cristina, Trad.). Petrópolis, RJ: Vozes. 2008.

GIORGI, A. SOUZA, D. Método Fenomenológico de investigação em psicologia. Lisboa: Fim do século. 2010.

GOMES, M. S.; MELLO, R. Sobrecarga Gerada pelo Convívio com o Portador de Esquizofrenia: a Enfermagem Construindo o Cuidado à Família. SMAD, Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool Drogas. jan.-abr. 2012; Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/803/80323610002.pdf. Acessado em: 24.09,19.

GUIMARÃES, A. N.; BORBA, L. de O.; MSFTUM, M. A.; LAROCCA, L. M..; NIMTZ, M. A. (2015).Mudanças na atenção à saúde mental decorrentes da reforma psiquiátrica: percepções de profissionais de enfermagem Ciência, Cuidado E Saúde, 14(1), 830 - 838. Disponível em: https://doi.org/10.4025/cienccuidsaude.v14i1.22187. Acessado em 23.03.20.

HANSON, S.M.H. (2005). Enfermagem de Cuidados de Saúde à família. Teoria, Prática e Investigação. Segunda Edição. Lusociência. Loures. ISBN: 972-8383-83-5.

IBGE – INSITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍTICA. Estatísticas por cidade. 2018. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-eestados/mt/diamantino.html. Acessado em 24.08.19

MARTINS, J C., BELFO, F. Métodos de Investigação Qualitativa Estudos de Casos na Investigação em Sistemas de Informação. 2011. <https://www.researchgate.net/publication/303346737>.

MARTINS, P. P. S., LORENZI, C. G. Participação da Família no Tratamento em Saúde Mental como Prática no Cotidiano do Serviço. Psic.: Teor. e Pesq., Brasília, Vol. 32 n. 4, pp. 1-9, 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-37722016000400216&script=sci_abstract&tlng=pt. Acessado em 16.05.20.

MOREIRA, A.D. O método fenomenológico na pesquisa. São Paulo: Pioneira Thomson, 2002.

OLIVEIRA, G .C, SCHNEIDER, J. F.; Nasi C.; CAMATTA, M.W. O tratamento do paciente em sofrimento psíquico na unidade de internação psiquiátrica: expectativas de familiares. J Nurs UFPE on line [Internet]. 2014 [cited 2015 Aug 27];8(11):3938-44. Available from: http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermag em/index.php/revista/article/view/6594

PAREJA, J. M. D., GUERRA, F. F. A produção do espaço e sua relação no processo de saúde - doença familiar. Saude soc. vol.25 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12902016000100133. Acessado em 18.05.20.

ROCHA, R. M. Enfermagem em Saúde. 2ª edição. Rio de Janeiro, Editora Senac nacional, 2005.

SOARES, M. H., FARINASSO, A. L. C., GONÇALVES, C. S., MACHADO, F. P., MARIANO, L.K.F.R., SANTOS, C.D. Sobrecarga e satisfação dos familiares de pacientes com esquizofrenia. Cogitare Enferm. 2019. Disponível em: http://www.revenf.bvs.br/pdf/ce/v24/1414-8536-ce-24-e54729.pdf. Acessado em : 16.05.20

SIANI, S.R.; CORREA, D.A.; CASAS, A.L.L. Fenomenologia, Método Fenomenológico e Pesquisa Empírica: O Instigante Universo da Construção de Conhecimento Esquadrinhada na Experiência de Vida. Revista de Administração da UNIMEP. v.14, n.1, Janeiro/Abril – 2016. Disponível em: <http://www.raunimep.com.br/ojs/index.php/regen/editor/submissionEditing/1002#schedu li> Acessado em: 30.09.19.

SILVA, R. C. Esquizofrenia: uma revisão. Psicologia USP, São Paulo 17(4),. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=> Acessado 02.08.19.

SPRADLEY, J. The ethnographic interview. Forth Worth: Hancourt Brace Jovanovich College, 1979.

SILVA, A. M., SANTOS, C.A., MIRON, F. M., MIGUEL, N.P., FURTADO, C.C. BELLEMO, A.I.S. Esquizofrenia: uma revisão bibliográfica. Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 13, n. 30, jan./mar. 2016. Disponível em: revista.unilus.edu.br/. acessado em : 16.05.19

SILVA, J.M. de OLIVEIRA.; LOPES, R.L.M., DINIZ, N.M.F. Fenomenologia. Revista Brasileira Enfermagem, Brasília 2008 mar-abr; 61(2): 254-7. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v61n2/a18v61n2.pdf. Acessado: 24.08.2019.

SILVA, R.V.; OLIVEIRA, W. F. O Método Fenomenológico nas Pesquisas em Saúde no Brasil: uma Análise de Produção Científica. Disponível em: < http://dx.doi.org/. > Acessado em: 23.10.19.

THORNICROFT. G, TANSELLA M. Boas Práticas em Saúde Mental Comunitária. Editora Manoele. 1ª edição 2010 Barueri, São Paulo.

TOWNSEND, M. C. Enfermagem Psiquiátrica Conceitos de Cuidados. 3ª edição, editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro , 2002.

WAGNER, A. Desafios Psicossociais da Família Contemporânea: pesquisas e refelexões. Porto Alegre, Arthmed.2011.

ZANETTI, A. C.G; GALERA, S.A.F; O impacto da esquizofrenia para a família. Revista. Gaúcha de Enfermagem. 2007;28(3):385-92.