Inclusão em movimento: uma análise do programa adaptativo nas abbott world marathon majors (six star)

Inclusion in motion: an analysis of the adaptive program at the abbott world marathon majors (six star)

Autores

  • Geison Rodrigues Autor

DOI:

https://doi.org/10.51473/rcmos.v1i1.2025.1071

Palavras-chave:

maratona adaptativa, inclusão esportiva, World Marathon Majors, acessibilidade, paratletismo

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar o Programa Adaptativo implementado nas seis maiores maratonas do mundo — Tóquio, Boston, Londres, Berlim, Chicago e Nova York — que compõem o circuito Abbott World Marathon Major’s (WMM). A partir da análise documental dos regulamentos, entrevistas com atletas e revisão de literatura sobre inclusão esportiva, investigam-se os critérios de participação, a infraestrutura oferecida e os avanços em acessibilidade para atletas com deficiência. A pesquisa identifica significativos progressos no reconhecimento e na inserção desses atletas no cenário das grandes maratonas, embora persistam desafios na padronização de regras, apoio logístico e equidade entre os eventos. A discussão é enriquecida por experiências práticas vivenciadas pelo autor em quatro das seis provas. Conclui-se que a consolidação de uma cultura global de inclusão nas maratonas passa por políticas esportivas mais harmonizadas, acessíveis e inclusivas.

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Biografia do Autor

  • Geison Rodrigues

     - Faculdade de Minas Gerais – FACUMINAS

    Pós-Graduação em Ciência do Esporte Ano: 2025

Referências

• Boston Athletic Association. Adaptive Athletes Program

• New York Road Runners. Athletes with Disabilities

• TCS London Marathon. Accessibility Information

• SCC Events. Berlin Marathon

• Tokyo Marathon Foundation. Official Website

• Achilles International. www.achillesinternational.org

• Challenged Athletes Foundation. www.challengedathletes.org

AbbottWMM. Six Star Medal Program

________________________________________

Comparativo Técnico: Boston vs. Outras Majors

De acordo com Maffetone et al. (2017), em um estudo publicado na revista científica *PLOS ONE*, a Maratona de Boston apresenta, em média, tempos de conclusão mais lentos do que outras provas do circuito World Marathon Majors (WMM), como Berlim, Londres e Chicago. A pesquisa analisou os dez melhores tempos masculinos e femininos entre 2005 e 2014, revelando que fatores como temperatura, umidade e perfil altimétrico influenciam significativamente os resultados. Apesar da fama de ser uma prova rápida, Boston possui uma variação elevada de tempos entre os anos, principalmente devido às suas características únicas: percurso com declive acentuado, ausência de voltas (curso unidirecional) e alta dependência das condições climáticas, como vento favorável.

O estudo também destaca que Londres e Berlim concentram os melhores tempos e recordes mundiais, indicando que suas estruturas e ambientes são mais favoráveis à quebra de recordes. Por outro lado, o desempenho em Boston é estatisticamente mais inconsistente, reforçando a importância de variáveis externas no resultado final.

Fonte: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0184024

Comparativo Técnico: Boston vs. Outras Majors

De acordo com Maffetone et al. (2017), em um estudo publicado na revista científica *PLOS ONE*, a Maratona de Boston apresenta, em média, tempos de conclusão mais lentos do que outras provas do circuito World Marathon Majors (WMM), como Berlim, Londres e Chicago. A pesquisa analisou os dez melhores tempos masculinos e femininos entre 2005 e 2014, revelando que fatores como temperatura, umidade e perfil altimétrico influenciam significativamente os resultados. Apesar da fama de ser uma prova rápida, Boston possui uma variação elevada de tempos entre os anos, principalmente devido às suas características únicas: percurso com declive acentuado, ausência de voltas (curso unidirecional) e alta dependência das condições climáticas, como vento favorável.

O estudo também destaca que Londres e Berlim concentram os melhores tempos e recordes mundiais, indicando que suas estruturas e ambientes são mais favoráveis à quebra de recordes. Por outro lado, o desempenho em Boston é estatisticamente mais inconsistente, reforçando a importância de variáveis externas no resultado final.

Fonte: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0184024

Referências Complementares

Maffetone, P.B., Malcata, R., Rivera, I., & Laursen, P.B. (2017). The Boston Marathon versus the World Marathon Majors. *PLOS ONE*, 12(9), e0184024. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0184024 DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0184024

Origem Histórica e Padronização da Maratona

Origem Histórica e Padronização da Maratona

Segundo Matthiesen, Barbosa e Moreira (2012), a história da maratona moderna remonta aos Jogos Olímpicos de 1896, em Atenas, quando a prova foi idealizada para homenagear a lenda do soldado Pheidippides, que teria corrido da planície de Maratona até a capital grega. No entanto, a distância oficial de 42,195 km foi estabelecida apenas nos Jogos Olímpicos de Londres, em 1908, para que a prova terminasse em frente ao palácio da rainha, com a distância passando a ser adotada oficialmente pela IAAF (atual World Athletics) a partir de 1921.

A chamada 'Norma Scheiss', mencionada pelos autores, destaca a importância de se trabalhar o conhecimento histórico nas aulas de Educação Física, possibilitando ao aluno a compreensão crítica da origem e evolução das práticas esportivas. Ao contextualizar a maratona, o professor pode despertar o interesse do estudante pelo esporte e sua relevância sociocultural.

Essa contextualização é fundamental não apenas para o ensino, mas também para a valorização das provas modernas, como as World Marathon Majors, que representam uma evolução significativa da tradição histórica iniciada na Grécia Antiga.

Fonte: Matthiesen, S.Q., Barbosa, A.F., & Moreira, L.D. (2012). Jogos Olímpicos e o ensino da maratona: a ‘norma Scheiss’ e o percurso de 42,195 km. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 26(3), 463–471. https://doi.org/10.1590/S1807-55092012000300010 DOI: https://doi.org/10.1590/S1807-55092012000300012

AbbottWMM. Six Star Medal Program

Achilles International. www.achillesinternational.org

Boston Athletic Association. Adaptive Athletes Program

Challenged Athletes Foundation. www.challengedathletes.org

Maffetone, P.B., Malcata, R., Rivera, I., & Laursen, P.B. (2017). The Boston Marathon versus the World Marathon Majors. *PLOS ONE*, 12(9), e0184024. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0184024 DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0184024

Matthiesen, S.Q., Barbosa, A.F., & Moreira, L.D. (2012). Jogos Olímpicos e o ensino da maratona: a ‘norma Scheiss’ e o percurso de 42,195 km. *Revista Brasileira de Educação Física e Esporte*, 26(3), 463–471. https://doi.org/10.1590/S1807-55092012000300010 DOI: https://doi.org/10.1590/S1807-55092012000300012

New York Road Runners. Athletes with Disabilities

SCC Events. Berlin Marathon

TCS London Marathon. Accessibility Information

Tokyo Marathon Foundation. Official Website

Arquivos adicionais

Publicado

11.06.2025

Como Citar

RODRIGUES, Geison. Inclusão em movimento: uma análise do programa adaptativo nas abbott world marathon majors (six star): Inclusion in motion: an analysis of the adaptive program at the abbott world marathon majors (six star). RCMOS - Revista Científica Multidisciplinar O Saber, Brasil, v. 1, n. 1, 2025. DOI: 10.51473/rcmos.v1i1.2025.1071. Disponível em: https://submissoesrevistacientificaosaber.com/index.php/rcmos/article/view/1071.. Acesso em: 14 jun. 2025.

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