Análise epidemiológica de casos de sífilis em gestantes durante a pandemia da Covid-19 no Estado do Pará no período de 2018 a 2021
DOI:
https://doi.org/10.51473/rcmos.v2i2.450Palavras-chave:
Sifilis, gestantes, Treponema pallidum, epidemiologia, covid 19Resumo
A sífi lis é uma infecção bacteriana infecto contagiosa e crônica, considerada uma das doenças sexualmente transmissíveis (DST) mais comuns no mundo. Segundo a organização mundial da saúde (OMS) estima-se que, no mundo, ocupando o terceiro lugar na escala das infecções de transmissão sexual curáveis na população sexualmente ativa no Brasil. O patógeno é transmitido por contato sexual com uma pessoa infectada, por transfusão sanguínea e através da transmissão vertical que se baseia na contaminação de mãe para o feto através da corrente sanguínea. O T. pallidum manifestam-se em três estágios que se caracterizam de acordo com a nocividade e o tempo de exposição ao organismo. Seu diagnóstico pode ser através de exame Ginecológico, no caso das mulheres e testes imunológicos. O objetivo do presente estudo foi analisar o índice epidemiológico de sífi lis em gestantes na região norte do Brasil, no período de 2018 a 2021. O estudo foi de abordagem quantitativa, descritivo, retrospectivo e de levantamento de coleta dos dados fornecidos pelas informações provenientes do Sistema de Informação de Agravos de Notifi cação (Sinan). No período de 2018 a 2021, foram notifi cados 3.312 no total de casos de sífi lis gestacional por faixa etária que varia entre 10 a 59 anos nos principais municípios da região norte do estado do Pará. Através desses dados, observamos que até o ano de 2019 os casos de Sífi lis, em sua maioria, continuavam crescendo, porém em 2021 vemos uma queda considerável no número de casos diagnosticados e registrados no banco de dados fornecido pelo SINAN, entretanto devemos relembrar que a diminuição no número de casos registrados neste ano pode ser devido à busca reduzida por diagnósticos de Sífi lis pelo período pandêmico pelo Sars-Cov2 (Coronavírus ou Covid- 19), no estado do Pará, podendo haver negligência por parte da população com relação às outras doenças. Em suma, evidenciou-se um crescimento signifi cativo de sífi lis gestacional, a distribuição espacial indicou prevalência dessas doenças nas regiões periféricas do município caracterizando a infecção em gestantes jovens, de baixa escolaridade, donas de casa e que residem na zona urbana, revelando a fragilidade da assistência pré-natal prestada às gestantes, através do diagnóstico tardio, tratamento inadequado e da não realização do tratamento do parceiro, sendo estes, pontos fundamentais para evitar a transmissão vertical. Embora tenha o agente etiológico bastante conhecido, modo de transmissão estabelecido, tratamento efi caz e de baixo custo, com altas probabilidades de cura, ainda persiste como um grave problema de saúde pública.
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