Desafios e Alternativas Para a Segurança Pública no Brasil Contemporâneo
CHALLENGES AND ALTERNATIVES FOR PUBLIC SECURITY IN CONTEMPORARY BRAZIL
DOI:
https://doi.org/10.51473/rcmos.v1i1.2025.835Palavras-chave:
Segurança pública. Racismo estrutural. Gênero. Políticas inclusivas. Prevenção.Resumo
Este trabalho analisa as questões sociológicas que influenciam o sistema de segurança pública no Brasil, com foco em desigualdades estruturais, racismo e discriminação de gênero. A partir de uma revisão bibliográfica qualitativa, o estudo destaca como essas dinâmicas perpetuam a exclusão social e a violência, impactando desproporcionalmente populações vulneráveis. O racismo estrutural se manifesta por meio do perfilamento racial e da letalidade policial, afetando principalmente a população negra. Questões de gênero, como feminicídio, violência doméstica e marginalização de pessoas LGBTQIA+, também evidenciam as falhas do sistema em atender às necessidades específicas desses grupos. Em contrapartida, o estudo apresenta políticas alternativas de segurança, como policiamento comunitário, mediação de conflitos e justiça restaurativa, que oferecem abordagens preventivas e inclusivas. Essas iniciativas têm demonstrado eficácia em reduzir a violência e fortalecer as relações sociais, embora enfrentem barreiras institucionais e culturais em sua implementação no Brasil. Os resultados sugerem que a segurança pública no Brasil precisa ser reformulada a partir de uma perspectiva integradora, que reconheça as interseccionalidades entre raça, gênero e classe, promovendo a equidade e a justiça social. Conclui-se que políticas baseadas na inclusão e prevenção podem transformar o sistema de segurança pública, tornando-o mais eficaz e sustentável. O trabalho contribui para o debate acadêmico e social ao propor soluções que enfrentem as causas estruturais da violência e sugere futuras pesquisas para aprofundar a análise de experiências bem-sucedidas e adaptar estratégias às especificidades locais.
Downloads
Referências
AGÊNCIA CÂMARA DE NOTÍCIAS. Lei 14.994/24: Atualização da Lei Maria da Penha. Brasília, 2024.
ALMEIDA, Silvio. Racismo Estrutural. São Paulo: Pólen, 2019.
BUTLER, Judith. Undoing Gender. New York: Routledge, 2004.
CALDEIRA, Teresa P. R. Cidade de Muros: Crime, Segregação e Cidadania em São Paulo. São Paulo: Edusp, 2000.
CHRISTIE, Nils. Conflicts as Property. British Journal of Criminology, 1977.
FERNANDES, Florestan. A Integração do Negro na Sociedade de Classes. São Paulo: Ática, 1978.
FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2020. São Paulo: FBSP, 2020.
FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2022. São Paulo: FBSP, 2022.
HOLLOWAY, Thomas. Polícia no Rio de Janeiro: Repressão e Resistência numa Cidade do Século XIX. Rio de Janeiro: FGV, 1997.
KELLING, George; MOORE, Mark. The Evolving Strategy of Policing. Washington, DC: U.S. Department of Justice, 1988.
NASCIMENTO, Abdias do. O Genocídio do Negro Brasileiro: Processo de um Racismo Mascarado. São Paulo: Perspectiva, 2018.
SILVA, Joana. Racismo Institucional e Segurança Pública no Brasil. Rio de Janeiro: Appris, 2016.
SOARES, Luiz Eduardo. Segurança Tem Saída. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
WACQUANT, Loïc. Os Condenados da Cidade: Estudos Sobre Marginalidade Avançada. Rio de Janeiro: Revan, 2001.
ZEHR, Howard. The Little Book of Restorative Justice. Intercourse, PA: Good Books, 2002.
Downloads
Arquivos adicionais
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Maikel Schneider, André Luíz Fonseca Prado, Bruno Rech, Jeferson de Oliveira Luz, Nilson Guedes Batista (Autor/in)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Este trabalho está licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0). Isso significa que você tem a liberdade de:
- Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato.
- Adaptar — remixar, transformar e construir sobre o material para qualquer propósito, inclusive comercial.
O uso deste material está condicionado à atribuição apropriada ao(s) autor(es) original(is), fornecendo um link para a licença, e indicando se foram feitas alterações. A licença não exige permissão do autor ou da editora, desde que seguidas estas condições.
A logomarca da licença Creative Commons é exibida de maneira permanente no rodapé da revista.
Os direitos autorais do manuscrito podem ser retidos pelos autores sem restrições e solicitados a qualquer momento, mesmo após a publicação na revista.