HISTÓRIA ORAL, FIGURAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DO SERINGUEIRO: UMA ANÁLISE DA REPRESENTÇÃO SIMBÓLICA PRESENTE NA PRAÇA DOS SERINGUEIROS, EM PORTO VELHO.
DOI:
https://doi.org/10.51473/rcmos.v1i1.2024.465Palavras-chave:
História oral. Seringueiro. Análise do discurso. Porto Velho.Resumo
O presente estudo visa apresentar um esboço analítico acerca da possibilidade interpretativa e polissêmica da figura do seringueiro. Nesse sentido, o objetivo geral versa em analisar como a representação do seringueiro se transfigura em símbolos e significados históricos em uma determinada praça de Porto Velho. Os objetivos específicos norteiam-se na apresentação dos discursos implícitos da representação simbólica constantes na praça dos seringueiros; na descrição de como a estátua do seringueiro presente na praça traduz a história do seringal como marca espacial e temporal de discurso e de identidade. O alicerce teórico será subsidiado, principalmente, por Joutard (2000) e Caldas (1997), no que tange à história oral; por Bakhtin (2003), acerca do texto e do discurso; por Nora (1993), a respeito dos símbolos e da memória dos lugares; e também por Foucault (2008), em arqueologia do saber. Na seara da metodologia, a pesquisa se desenvolveu por via bibliográfica, cuja natureza dos textos e da literatura podem-se localizar nas premissas que atendem o escopo e ao objeto do estudo. Como resultados, depreende-se que há uma variada possibilidades de interpretação da praça dos seringueiros, no que diz respeito aos símbolos representativos marcados pela referida estátua. Assim, concluiu-se: o que há escrito sobre a história contada por meio da história oral dos seringueiros ainda perdura como um símbolo de resistência social e de identidade do personagem histórico, criado ao longo do período de extração da borracha na Amazônia.
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Referências
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