As Imagens de um Operador de Câmera e o Imaginário Público versus o Imaginário Científico
The Images of a Camera Operator and the Public Imagination versus the Scientific Imagination
DOI:
https://doi.org/10.51473/rcmos.v1i2.2024.894Palavras-chave:
operador de câmera; imagem; imaginário público; imaginário científico; percepção visual; mediação visual.Resumo
Este artigo investiga a construção e a interpretação das imagens captadas por operadores de
câmera sob duas perspectivas fundamentais: o imaginário público e o imaginário científico.
Enquanto o público em geral interpreta as imagens com base em suas experiências pessoais,
emoções e narrativas culturais, o imaginário científico se baseia na objetividade, na técnica e na
busca pela fidelidade dos registros.
O estudo examina os aspectos técnicos e simbólicos do trabalho dos operadores de câmera, bem
como o papel da mídia na formação do imaginário coletivo. Além disso, discute as diferenças
metodológicas entre a análise científica e a interpretação popular das imagens, ressaltando como a
mediação do operador pode afetar a percepção da realidade.
A metodologia adotada para esta pesquisa inclui revisão bibliográfica e análise qualitativa de
imagens. Foram considerados autores como Bourdieu (1997), que discute a influência do habitus na
produção e recepção de imagens, e Flusser (2002), que analisa o impacto da fotografia e da
cinematografia na construção do conhecimento e na experiência visual.
Os resultados demonstram que a produção imagética nunca é completamente neutra: mesmo em
contextos científicos, há escolhas técnicas e estéticas que influenciam a recepção da imagem. No
contexto do imaginário público, a subjetividade e a emoção desempenham papéis centrais,
enquanto na abordagem científica busca-se minimizar essas influências por meio de métodos
rigorosos de captação e análise. Conclui-se que a interseção entre esses dois imaginários evidencia
a complexidade do processo de interpretação das imagens e reforça a necessidade de uma
abordagem crítica na produção e no consumo visual.
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Referências
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