Tendência da taxa de mortalidade por sepse em Minas Gerais entre 2010 e 2023: um estudo ecológico
DOI:
https://doi.org/10.51473/rcmos.v1i1.2024.607Palavras-chave:
Sepse. Taxa Padronizada de Mortalidade. Índice de Desenvolvimento SocialResumo
A sepse é uma condição crítica com alta mortalidade, responsável por cerca de 11 milhões de mortes anuais globalmente e 20% das mortes no Brasil. Entre 2010 e 2019, o Brasil teve mais de 1 milhão de casos e cerca de 463 mil óbitos por sepse, com a maior mortalidade na região Sudeste. Este estudo ecológico analisou a taxa padronizada de mortalidade por sepse em Minas Gerais de 2010 a 2023, utilizando dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A regressão linear de Prais-Winsten foi aplicada para identificar tendências, e a correlação entre a taxa padronizada de mortalidade por sepse (TPMS) e o Índice de Desenvolvimento Social (SDI) foi investigada. Os resultados mostraram um aumento significativo na mortalidade por sepse, com a taxa subindo de 9,16 em 2010 para 17,98 em 2023, refletindo uma Variação Percentual Anual (VPA) de 12,86%. A análise revelou uma tendência crescente com um R² de 0,9600. A correlação positiva entre TPMS e SDI indica que regiões com maior desenvolvimento social podem ter taxas de mortalidade mais altas devido a melhores capacidades diagnósticas, e não necessariamente piores condições de saúde. O estudo destaca a necessidade urgente de intervenções específicas, como programas de conscientização e melhorias no manejo da sepse. Estratégias de saúde pública voltadas para prevenção, diagnóstico precoce e tratamento eficaz são essenciais para mitigar o impacto da sepse e melhorar os resultados clínicos na região.
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